Política não é para quem tem pele fina. Quem se candidata a vereador sabe que o pacote inclui cobrança e crítica. O problema é que, em Fernandópolis, alguns parlamentares parecem mais preocupados em se defender nas redes sociais do que em resolver os problemas da cidade. Aí fica difícil.
A população está cansada de ver político ganhando mais de R$ 8,500 mil por mês e, em vez de apresentar soluções, reclamando das cobranças. Ora, se está difícil aguentar a pressão, sempre existe a opção de não se candidatar na próxima.
E não é que as reclamações sejam infundadas. Fernandópolis tem problemas reais: infraestrutura precária, serviços públicos deficientes e demandas que se arrastam há anos. Um exemplo disso é o caso do vereador Gabriel Faria, que foi questionado sobre as condições do bebedouro no Ginásio do Beira Rio. Sua resposta? Um indiferente “Só faltou isso”. Uma atitude que, sinceramente, não ajuda em nada.
Outro caso que chamou atenção foi o do vereador André do Butiquim. Moradores do bairro Universitário denunciam que ele tem circulado pela região com som alto e cantando pneus. Como assim? Vereador não é pra fazer show de manobras na rua, mas sim para representar o povo e lutar pelas melhorias que a cidade tanto precisa.
A verdade é que o município sofre com a falta de planejamento e gestão há décadas, e o mínimo que se espera dos vereadores é comprometimento. A população não quer promessas mirabolantes ou projetos que parecem saídos de uma IA delirante. Quer soluções concretas.
Se os vereadores estão incomodados com as críticas, deveriam enxergá-las como uma oportunidade de melhorar. Afinal, quem paga seus salários é o povo, e é a ele que devem satisfações. A cidade não é um palanque permanente, e muito menos um palco de lamentações.
Política é compromisso. Fernandópolis-SP precisa de vereadores que trabalhem de verdade, e não de celebridades da indignação virtual.
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