Se você acha que já viu de tudo na política, segura essa: uma reunião na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) acabou virando um verdadeiro ringue verbal, com direito a gritaria, empurrão e acusações para todos os lados. O episódio aconteceu na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na segunda-feira (24), durante a discussão sobre um projeto de lei relacionado ao efetivo da Polícia Militar do estado.
O embate começou entre os deputados Marcio Pacheco (PP) e Renato Freitas (PT), quando Renato se incomodou com a atitude de um assessor de Pacheco. “Você tem algum problema? Isso está me incomodando!”, questionou o petista. O clima esquentou ainda mais quando Renato acusou o assessor de fazer gestos e debochar de sua fala.
A resposta veio rápida. “O senhor não manda aqui na CCJ. As pessoas que discordam do senhor são palhaças? Abaixe sua bola”, rebateu Marcio Pacheco. O bate-boca escalou e Renato soltou uma frase de efeito: “Coronelzinho de meia-pataca!”.
“Vossa Excelência se cale!”
No meio da discussão, o presidente da CCJ, Ademar Traiano (PSD), tentou intervir, mas não demorou para ser puxado para o fogo cruzado. “Vossa Excelência se cale! Trate o deputado como merece”, ordenou Traiano. Em resposta, Renato disparou sem papas na língua: “Não tenho medo do senhor! O senhor é corrupto e não tem moral para falar comigo!”. O tom já era de puro confronto.
A sessão seguiu com Traiano acusando Renato de fazer “teatro” na CCJ. “Busque seu histórico! Eu conheço sua história. Não venha fazer teatro aqui nesta Casa”, finalizou.
E a treta continuou no corredor…
Se você acha que acabou por aí, não acabou! Depois da sessão, a discussão seguiu nos corredores da Alep, onde Renato Freitas e o assessor de Pacheco se encontraram novamente. Um vídeo compartilhado nas redes sociais mostra o momento em que Renato empurra o rapaz. O que aconteceu antes e depois do empurrão? Ninguém sabe ao certo, já que as imagens são limitadas.
A repercussão foi imediata. Marcio Pacheco classificou o episódio como “uma agressão à Casa, ao parlamento, aos deputados e aos servidores”. Renato, por sua vez, alegou que foi desrespeitado e ridicularizado pelo assessor. O próprio assessor, Kenny Brayan, disse que sempre manteve postura profissional e se sentiu humilhado com a situação.
Alep se posiciona
Diante do tumulto, a Assembleia Legislativa do Paraná emitiu uma nota afirmando que reafirma “o compromisso com a liberdade de expressão e o amplo debate de ideias”. Também garantiu que “existe um regimento para coibir excessos e responsabilizar quebras de decoro”.
O presidente da CCJ, Ademar Traiano, também lamentou o ocorrido e disse que “todas as medidas necessárias serão tomadas para garantir que as sessões ocorram com respeito e seriedade”.
E agora?
Resta saber quais serão os próximos passos dessa novela política. Teremos mais embates? Alguma punição? Aí é esperar para ver. O que fica claro é que a Alep teve um dia agitado, e esse episódio ainda vai render muita conversa nos bastidores da política paranaense.
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