“Quantos buracos a cidade precisa tapar até entender que cada vida importa?” Essa pergunta, embora dura, ganha eco nas ruas de Fernandópolis após a perda de Tainá Pereira de Jesus, uma jovem de 19 anos, vítima de um acidente que expõe o abandono das vias públicas.
A morte de Tainá Pereira de Jesus, no último dia 25 de janeiro, não é só uma tragédia pessoal para amigos e familiares. É também um reflexo de problemas maiores que já vinham sendo ignorados por muito tempo. Tudo começou no dia 10 de janeiro, quando Tainá sofreu um grave acidente ao cair de sua motocicleta na Avenida Augusto Cavalin, uma via marcada por buracos e falta de manutenção.
Ela perdeu o controle do veículo ao passar por um buraco, foi arremessada ao atingir outro e acabou no chão com ferimentos graves. Apesar dos esforços para salvá-la, Tainá não resistiu. Foram duas semanas de luta pela vida que terminaram com um desfecho devastador.
A voz da comunidade e as condições das vias públicas
Fernandópolis é uma cidade que cresceu muito nos últimos anos, mas parece que a infraestrutura ficou parada no tempo. A Avenida Augusto Cavalin, cenário desse acidente, já era motivo de reclamações. Buracos, mato alto e falta de sinalização são problemas que moradores apontam há tempos, mas que parecem não ser prioridade para o poder público.
Logo após o acidente, populares que estavam no local tentaram minimizar riscos, improvisando sinalizações com galhos para evitar novos incidentes. A cena, por si só, já diz muito: a população, sem recursos, fazendo o que pode enquanto espera por ações concretas.
A indignação e a necessidade de mudanças
A morte de Tainá levantou uma onda de comoção e revolta. Nas redes sociais e nas conversas de esquina, o que mais se ouve é: “isso poderia ter sido evitado”. E, de fato, poderia.
A família da jovem agora busca justiça. Para eles, não se trata apenas de responsabilizar a prefeitura, mas de evitar que outras famílias enfrentem a mesma dor. Já os moradores da região cobram que a Avenida Augusto Cavalin, assim como outras vias críticas da cidade, receba a atenção que merece.
A tragédia reacendeu o debate sobre manutenção urbana e segurança no trânsito. Se uma rua bem cuidada pode salvar vidas, por que isso ainda não é prioridade?
O que precisa mudar?
Se há algo que essa história nos ensina, é que a negligência tem um custo alto. A perda de Tainá não pode ser em vão. A prefeitura precisa agir, e rápido. Investir na infraestrutura não é apenas uma questão de estética urbana, mas de preservação da vida.
Moradores já sugeriram soluções simples, como uma manutenção regular das vias, melhor sinalização e até campanhas de conscientização. O problema é que, sem vontade política, nada disso sai do papel.
Enquanto isso, a comunidade segue fazendo o que pode: cobrando, pressionando e tentando evitar que outra tragédia aconteça.
Conclusão
A morte de Tainá Pereira de Jesus não pode ser só mais um número. Que ela sirva como um lembrete doloroso da urgência em cuidar das nossas cidades e das nossas vidas. Porque, no fim, é disso que se trata: vidas.