Prefeito causa polêmica ao mandar desligar radares de trânsito na cidade

“Radar ou armadilha?”

A velha discussão sobre o uso dos radares de velocidade ganhou um novo capítulo, e dessa vez o protagonista é o prefeito de Marília (SP), Vinicius Camarinha (PL). Ele resolveu tomar uma atitude radical: cortar os cabos de alguns radares da cidade. O motivo? Segundo ele, combater a “indústria da multa” e impedir que equipamentos supostamente instalados sem critério continuassem aplicando penalidades aos motoristas.

A atitude, claro, gerou muita discussão. De um lado, tem gente que concorda e acha que os radares são usados apenas como ferramenta de arrecadação. Do outro, especialistas alertam que retirar os equipamentos pode comprometer a segurança no trânsito.

Uma medida extrema ou necessária?

Durante uma entrevista ao programa ‘Morning Show’, da Jovem Pan, Camarinha explicou sua decisão e deixou claro que sua posição é baseada no que ouviu da população.

“Eu vi muito cabeleireiro, motorista de aplicativo, agricultor, gente simples que foi multada por estar distraída, e não por estar correndo”, justificou o prefeito.

Ele também mencionou que as multas teriam causado um impacto financeiro pesado para a cidade, afirmando que mais de 80 mil autuações foram aplicadas. No entanto, não especificou exatamente em qual período esse volume de multas foi registrado.

A fiscalização vai acabar?

Mesmo com a retirada dos radares, a fiscalização no trânsito não deve ser extinta. Outros mecanismos, como agentes de trânsito e campanhas educativas, continuam em vigor. No entanto, a questão principal permanece: como equilibrar a fiscalização para garantir segurança sem transformar os radares em um sistema de arrecadação excessiva?

Para especialistas, radares não são vilões, mas ferramentas importantes para reduzir acidentes e salvar vidas. A efetividade deles, no entanto, depende da forma como são implementados e da transparência no processo.

E você, o que acha? Essa decisão foi um acerto ou um erro? O debate está lançado.