O peso do passado: como a velha política trava o futuro de Fernandópolis-SP

Já ouviu aquele ditado “manda quem pode, obedece quem tem juízo”? Pois é… Em Fernandópolis-SP, a política ainda segue essa lógica arcaica, onde favores e apadrinhamento falam mais alto que a gestão eficiente. Mas até quando isso vai continuar?

Já percebeu como algumas cidades parecem andar para frente enquanto outras ficam presas no tempo? Pois bem, Fernandópolis-SP parece estar ancorada num passado que não a deixa crescer. E não é por falta de potencial, mas sim por um modelo de política que ainda privilegia o “toma lá, dá cá” em vez do bem coletivo.

O patrimonialismo – aquela velha prática de tratar o poder como um bem particular – ainda reina por aqui. Isso significa que o jogo político não é baseado em competência ou projetos para o futuro da cidade, mas sim em alianças feitas nos bastidores, onde favores são trocados como se fossem moeda de troca.

O ciclo vicioso do poder

Em Fernandópolis, políticos se elegem mais pelo apoio de padrinhos poderosos do que pelo voto consciente da população. Muitas vezes, essas alianças são seladas com promessas de cargos, favores e até mesmo possíveis esquemas de compra de votos.

O resultado disso? Um governo refém de suas próprias dívidas políticas. Em vez de priorizar a infraestrutura, a educação ou a saúde, a prioridade é retribuir favores. E quem paga essa conta é a própria cidade, que não consegue avançar.

Os efeitos desse atraso

O reflexo desse modelo político é visto no dia a dia. Ruas esburacadas, bairros sem creches ou postos de saúde, falta de investimentos em infraestrutura e um desenvolvimento que nunca sai do papel. Enquanto cidades vizinhas crescem, Fernandópolis parece rodar em círculos, sempre com os mesmos nomes disputando o poder.

Além disso, a gestão pública fica comprometida por nomeações políticas sem critério técnico. Quantas vezes você já viu pessoas sem experiência ocupando cargos importantes? E enquanto isso, profissionais qualificados são deixados de lado porque não têm “costas quentes”.

O problema não é só local

Se a gente ampliar o olhar, vai perceber que esse problema não é exclusivo de Fernandópolis. No Brasil todo, programas sociais são usados como ferramenta de controle político. Em vez de serem um trampolim para a autonomia da população, muitos são estruturados de forma a manter a dependência, garantindo votos a cada eleição.

E tem mais: a carga tributária segue pesada, com o dinheiro dos impostos sendo, muitas vezes, desperdiçado em gestões ineficientes. Quem produz e gera riqueza acaba penalizado por um sistema que suga muito e devolve pouco.

O futuro depende de nós

Não adianta apenas reclamar. Se Fernandópolis quer um futuro diferente, precisa romper com esse ciclo de apadrinhamento e interesses pessoais. Isso passa por eleger representantes comprometidos de verdade com a cidade, fiscalizar os mandatos e cobrar mudanças reais.

A política não pode ser uma profissão ou um trampolim para benefício próprio. Ela precisa ser um meio de transformação social. Se queremos ver Fernandópolis crescer, temos que começar a questionar quem realmente está comprometido com essa mudança e quem está apenas jogando o velho jogo do poder.

A pergunta que fica é: vamos continuar aceitando essa realidade ou chegou a hora de mudar a história?

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