Impeachment de Lula? Presidente da Câmara diz que não é hora de instabilidade

Se tem algo que não está na mesa, é o impeachment de Lula.” Essa foi a mensagem direta do presidente da Câmara, Hugo Motta, ao ser questionado sobre o assunto. Mas e as eleições de 2026? E as pautas quentes no Congresso? Vem comigo que eu te conto tudo!

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), deixou claro que um eventual pedido de impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não está em seus planos. Durante uma entrevista à rádio Arapuan FM, de João Pessoa, na última sexta-feira (7), ele destacou que não pretende alimentar instabilidades no país.

“Não está no nosso horizonte movimentos de trazer instabilidade ao país”, afirmou Motta, rebatendo qualquer especulação sobre um possível processo contra o atual governo por suposta irregularidade no programa social Pé-de-Meia.

Cenário político para 2026: Lula, Bolsonaro e uma polarização sem fim?

Ainda sobre o futuro da política brasileira, Motta não fugiu das perguntas sobre as eleições de 2026. Ele reconheceu que o jogo ainda segue polarizado entre Lula e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas pontuou que não sabe se Bolsonaro conseguirá se candidatar ou se optará por apoiar outro nome. E já adiantou que, caso isso aconteça, o apoio não deve ir para o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.

“O Brasil ainda vive um embate muito forte entre esses dois líderes, mas a grande questão é: Bolsonaro estará apto a concorrer? Ou veremos um novo nome surgir?”, questionou.

Segurança pública e emendas parlamentares: As prioridades de Motta

Deixando as eleições de lado, Motta destacou que um dos seus focos é o combate à criminalidade. Ele defendeu um endurecimento penal e cobrou um compromisso do Congresso para fortalecer a segurança pública.

“O parlamento precisa entender que precisamos tratar isso como uma questão de Estado. Caso contrário, em cinco, dez, 15 anos, estaremos vendo um Brasil dominado por facções”, alertou.

Outro tema polêmico que ele abordou foi a distribuição das chamadas “emendas pix” e a tensão crescente entre o Legislativo e o Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente com o ministro Flávio Dino. Motta fez questão de enfatizar que não abrirá mão da liberação dessas verbas.

“Hoje, o Poder mais transparente é o nosso. E essa transparência tem que ser para todos. O Legislativo não pode ser tratado como menor que os outros poderes. Somos iguais, independentes”, afirmou.

E o semipresidencialismo? Com calma, diz Motta

Outro ponto levantado na entrevista foi a discussão sobre um possível novo sistema de governo no Brasil: o semipresidencialismo. A ideia, que conta com apoio de alguns parlamentares, foi defendida recentemente por Motta, mas ele deixou claro que não tem pressa para pautar a proposta.

“Não temos compromisso de discutir isso com urgência. Mas é um debate importante. Qualquer discussão sobre o sistema político é válida quando o objetivo é buscar mais eficiência e maior participação popular”, afirmou.

A proposta, protocolada pelos deputados Luiz Carlos Hauly (Podemos-PR) e Lafayette Andrada (Republicanos-MG), ganhou força recentemente, principalmente depois que Motta assumiu a presidência da Câmara no início de fevereiro.

O que esperar daqui para frente?

Diante desse cenário, o que fica claro é que Hugo Motta pretende focar em pautas que fortaleçam a segurança pública e o papel do Legislativo, ao mesmo tempo que evita temas que possam acirrar ainda mais a polarização no país, como um eventual impeachment de Lula. Resta saber se essa estratégia funcionará ou se, com o tempo, as pressões políticas mudarão sua rota.

Seja como for, os próximos meses prometem movimentações intensas em Brasília. E, claro, seguimos acompanhando tudo de perto!

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